Como deve ser a alimentação das crianças do nascimento até os dois anos de idade? O Unicef criou uma cartilha com 10 passos para ajudar as mamães e os papais.
• Amamentação
• Não oferecer açúcar
• Sexto mês de vida, momento para novos alimentos
• Criança com fome come comida de verdade
• Estimular o bebê a mastigar
• Oferecer alimentos saudáveis: grãos, raízes, carnes, frutas e verduras
• Verduras, legumes e frutas
• Antes dos dois anos, nada de doces, biscoitos, salgadinhos, café, refrigerantes ou gelatina
• Lave bem as mãos, os alimentos e os utensílios
• Bebê ativo é bebê saudável e feliz
A alimentação começa assim que o bebê nasce, com a amamentação. O leite materno é o alimento ideal. “Ele tem todas as vitaminas, todas as proteínas, além de que é um alimento que protege a imunidade também. Até os seis meses, é o único alimento perfeito para o bebê”.
Bebê que mama no peito até o sexto mês cresce, tem mais saúde, adoece menos e desenvolve melhor o cérebro.
Não existe uma hora exata para mamar e nem uma posição certa. A posição ideal é aquela em que a mãe e o bebê se sentem confortáveis. A mãe deve ficar atenta a pega. “A pega correta é importante. “O bebê deve abocanhar a maior parte da auréola. Ele não pode só pegar o bico”.
Açúcar nos dois primeiros anos? Não. Ele é um dos maiores vilões para crianças antes dos dois anos. “Nem um pouquinho até os dois anos. Mesmo depois é preciso ter cuidado”.
E já pode começar a limpar a boquinha do bebê com fralda, pano úmido. Quando os dentinhos começarem a crescer: escova de dente. “Pelo menos duas vezes por dia, principalmente à noite quando ele for dormir”.
A partir dos seis meses de vida, é hora de começar com os alimentos. “Pela manhã mantenha a mamada. Já pode dar o lanchinho da manhã, como uma fruta. No almoço, dê uma proteína, carboidrato, legumes. À tarde, outro lanchinho. À noite só leite materno”.
Estimule seu bebê a comer com a colher e com as mãos.
O contato com os alimentos ativa e propicia a sensação de autonomia. “Às vezes é uma bagunça, mas vale a pena a felicidade dele e ele poder sentir que pode se alimentar”. Estimule, mas não insista. “Se a criança rejeitar, não estresse, não force”.
A partir dos oito meses o bebê já pode comer praticamente tudo que a família come, desde que não tenha muito sal, gordura, tempero e que seja saudável.
Como oferecer a comida? Ela não deve ser passada em liquidificador, peneira. Estimule o bebê a mastigar. “Mastigação fortalece a musculatura da bochecha, estimula a dentição e a fala. É muito importante que os alimentos sejam apenas amassados com o garfo”.
Ofereça alimentos saudáveis dos três grupos e estimule o consumo de frutas, legumes e verduras.
O primeiro grupo reúne tubérculos e cereais, como inhame, cará, batata doce, arroz. O segundo grupo é o da proteína (carne, peixe, ave, ovo). O terceiro grupo reúne as leguminosas, verduras, como abóbora, beterraba, cenoura, chuchu.
Nada de bolachas, salgadinhos e café antes dos dois anos. Isso faz mal e vai competir com os alimentos saudáveis. Garantir o consumo de alimentos saudáveis é responsabilidade da família e a hora de comer é hora de comer – nada de tablet, celular, computador, eletrônicos.
“Quando a criança está comendo, ela tem que ficar no alimento, na textura, aroma, paladar. Isso é muito importante. Também tem a interação com a pessoa que está ajudando a criança a se alimentar. É o momento de conversar, falar sobre o alimento, é importante para o desenvolvimento”.
Lave bem as mãos, os alimentos e os utensílios
“Isso é fundamental. Previne doenças, diarreia. Você elimina a possibilidade de criar bactérias”.
Com a introdução de alimentos e a redução de mamadas, é preciso que o bebê tome água. Ofereça água pra criança.
E lembre-se: bebê ativo é bebê saudável e feliz. “Atividades ao ar livre são importantes. Também ofereça brinquedos pedagógicos, que ensinam a montar, por exemplo”.
Por: G1